Mercado de sucos prontos em crescimento

Em Minas Gerais, segmento deve registrar variação positiva de 8% neste ano na comparação com 2014.

GERAL023/EBBA5.JPG Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos S/A Detentora das marcas MAGUARY (ARAGUARI ) e DAFRUTA CRÉDITO: Henrique Vieira

Na Bela Ischia, crescimento deve chegar a 30% / Henrique Vieira / Divulgação

As empresas especializadas na fabricação de sucos prontos com planta em Minas Gerais não foram afetadas, pelo menos por enquanto, pela crise econômica nacional. Conforme o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas-MG), o segmento deve registrar variação positiva de 8% neste ano na comparação com 2014.
Segundo o superintendente do Sindbebidas-MG, Cristiano Lamêgo, os sucos prontos são uma tendência de mercado, pois o consumidor os considera, além de práticos, uma alternativa mais saudável na comparação com os refrigerantes. “Por isso, embora o consumo de bebidas seja suscetível à variação de renda, ainda não foi observado nenhum reflexo negativo. Pelo contrário, percebemos que as indústrias têm apostado em lançamentos para atender a essa demanda”, ressalta.
A Mate Couro, com sede e fábrica no bairro São Salvador (região Noroeste), lançou, no final do exercício passado, a linha Mate Couro Fruit, que inclui refrescos de quatro sabores disponíveis em embalagens de 250 mililitros ou 350 mililitros. “A nossa ideia é complementar o portfólio e conquistar parte de um mercado em expansão”, afirma o gerente de vendas, Lazio Divino Pinto.
Os produtos da nova linha são encontrados somente na capital mineira. De acordo com Divino Pinto, a concorrência, sobretudo informal, inviabiliza a entrada dos refrescos em cidades menores. “Nos municípios do interior, há uma infinidade de marcas, muitas delas mais baratas por não serem registradas. Mas, de qualquer maneira, estamos confiantes no sucesso do produto”, diz.
A Bela Ischia, com duas plantas em Astolfo Dutra, cidade da Zona da Mata, estima avanço de 30% em 2015 frente a 2014, média de crescimento que ela mantém desde 2010. Para atingir a meta, a empresa aposta no lançamento de novos produtos, com destaque para uma linha sem a adição de açúcar ou conservantes, disponível nos pontos de venda desde abril.
A empresa, que já atuava no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e alguns municípios do interior paulista, entrou em dois novos mercados neste ano: Brasília e outras cidades de São Paulo, incluindo a capital. Para a diretora de Marketing, Renata Tilli, a mudança no comportamento do consumidor é um dos principais responsáveis por impulsionar esse mercado. “Percebo que as pessoas querem ser mais saudáveis, mas, ao mesmo tempo, não desejam abrir mão da praticidade”, destaca.
Juntas, as duas fábricas mineiras ocupam área de 38.411 metros quadrados e produzem, mensalmente, cerca de 5 milhões de litros de suco, mas têm capacidade para fabricar até 8 milhões de litros. Recentemente, a Bela Ischia ampliou a área de estoque, que passou a ter 9 mil metros quadrados. De acordo com Renata Tilli, nenhum outro investimento está previsto para 2015.
Estabilidade – A Tropical Indústria de Alimentos, fabricante dos sucos Tial, prevê estabilidade neste ano sobre 2014. Em nota, o gerente de Relações Institucionais (RI) da Tropical Alimentos, Cláudio Almeida Faria, observa que a crescente demanda por sucos com alta qualidade ocorre em função da mudança de hábitos de consumo, que migram para produtos que oferecem qualidade e saudabilidade. Em contrapartida, a atual conjuntura econômica motiva a redução do consumo.
Neste ano, a Tropical não planeja novos investimentos para a unidade industrial instalada em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata. A planta ocupa área construída de 14,4 mil metros quadrados e produz 6 milhões de litros de suco mensalmente. Minas Gerais é o principal mercado consumidor da marca, que também está presente na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: Diário do Comércio – MG

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